ASSOCIAÇÃO DE FUZILEIROS

GUIÕES DOS DESTACAMENTOS E COMPANHIAS DO ULTRAMAR

Os Fuzileiros participaram activamente com 12.255 militares durante toda a Guerra Colonial (1961 a 1974), nos três Teatros de Operações.

Angola: – Rio Zaire, Dembos, Rio Lungué-Bungo, Rio Zambeze, Rio Cubango; – 17 DFE’s e 22 CF’s destacados;
Guiné-Bissau: – Bissau, Rio Cacheu, Cacine, Cumbijã; – 27 DFE’s e 12 CF’s destacados;
Moçambique: – Cabo Delgado, Niassa, Tete, Lourenço Marques; – 19 DFE’s e 12 CF’s destacados.

 Foram das principais forças militares portuguesas mobilizadas para o combate de contra-guerrilha, criando-se para o efeito 3 tipo de unidades de combate:

• DFE – Destacamentos de Fuzileiros Especiais: 13 unidades metropolitanas e 3 africanas, cada uma inicialmente com 75 e a partir de 1967 com 80 efectivos (4 Oficiais, 6 Sargentos, 14 Cabos, 32 Marinheiros e 24 Grumetes), divididos em três grupos de assalto vocacionados para missões de combate ofensivo de limitada duração e penetração na orla costeira (golpes de mão) e realização de operações conjuntas com os outros ramos das FA’s;
 CF – Companhias de Fuzileiros Navais: 12 unidades, cada uma com 140 efectivos (7 Oficiais, 8 Sargentos, 13 Cabos, 36 Marinheiros e 76 Grumetes), divididos por três pelotões de atiradores e uma formação de comando, composta pela secção de comando e uma secção de quartéis.     Dispunham ainda de uma secção de abastecimento, secção de secretaria, secção de comunicações e secção de saúde, competia-lhes a missão de patrulhamento, escolta de comboios fluviais de embarcações mercantes, desempenhar o serviço de Polícia Naval e montar segurança a navios, aquartelamentos e Comandos Navais;
• Pelotões Independentes: 4 unidades, cada uma com 43 efectivos (2 Oficiais, 2 Sargentos, 4 Cabos, 13 Marinheiros e 22 Grumetes), tratou-se de unidades destacadas para o Ultramar e integradas no dispositivo local da Marinha, nomeadamente no Arquipélago de Cabo Verde.

Finda a comissão de serviço no Ultramar, a unidade de Fuzileiros regressava a Portugal, sendo os seus efectivos rendidos na totalidade, no entanto mantinha o mesmo n.º de designação (Guião) como unidade militar, que após nova constituição orgânica, destacava novamente para África em comissão de serviço, somente a Marinha de Guerra Portuguesa dos 3 ramos das FA’s adoptou este sistema de rendição de unidades militares.

GUIÕES DOS DESTACAMENTOS DE FUZILEIROS ESPECIAIS

GUIÕES DOS DESTACAMENTOS DE FUZILEIROS ESPECIAIS AFICANOS

São constituídos somente na Guiné-Bissau a partir de Abril de 1970, no Centro de Instrução e Preparação de Fuzileiros Especiais Africanos em Bolama, os únicos DFE africanosDFE 21 [21 de Abril de 1970], DFE 22 [16 de Novembro de 1971] e DFE 23 [1 de Julho de 1974].

GUIÕES DAS COMPANHIAS DE FUZILEIROS NO ULTRAMAR

BAIXAS ENTRE OS FUZILEIROS
Durante todo o conflito, os Fuzileiros tiveram 185 baixas mortais, sendo que entre os feridos, 50% dos mesmos foram vítimas do efeito de minas A/P, A/C ou “fornilhos”:


• Angola: [57 mortos] 13 em combate; 34 por acidente e 10 por doença;
• Guiné-Bissau: [99 mortos] 55 em combate; 35 por acidente e 9 por doença;
• Moçambique: [29 mortos] 13 em combate; 10 por acidente e 6 por doença.


O único Oficial que faleceu em combate foi um 2TEN FZ da Reserva Naval da CF n.º 1, oriundo do 18.º CFORN, em Junho de 1973, no Chilombo – Leste de Angola.
Findo o conflito do Ultramar e extinção dos Comandos Navais e de Defesa Marítima das ex-colónias em 1975, com a finalidade de uniformizar de modo mais profícuo procedimentos operacionais e administrativos, tornou-se necessário estruturar em Batalhões as Companhias de Fuzileiros existentes, criando-se os Batalhões de Fuzileiros n.º 1, 2, 3 e 4 [Portaria n.º 258/75 de 16 de Abril].